Quem lembra do AT&T RIO?

Quem lembra do AT&T RIO?

Como eu contei antes quando comentei sobre o True Color Paint e seu filho TIPS, eram toscos como ferramenta de arte. Era difícil criar bons degradées, era fácil fazer imagens serrilhadas. E só trabalhavam com imagens do tamanho da placa TARGA ou VISTA, o que constrangiam o tamanho ao máximo de 720×486 linhas.

O formato TGA não tem este limite e então, logo após, a AT&T Lab lançou o RIO :

“Rio graphic software is a DOS-based multimedia design product for graphic design, broadcast and video professionals. It is an object-oriented program, using vector-based drawing tools and resolution-independent technology. It employs such raster image processing features as emboss, contrast, negative, overlay, posterize, pixelize, soften and B&W.”

“RIO graphic software offers high-resolution vector-based design combined with the functionality of a paint package,” said Timothy May, product manager for AT&T’s Multimedia Software Solutions Group. “Its proxy edit feature lets customers use their favorite MS-DOS or Windows-based paint programs from within the RIO software program, and edit any resolution of supported image files.”

Vejam que a AT&T tinha este braço de tecnologia de ponta, de imagem, que depois rolou um spin off para Lucent Technologies.

Ele rodava em DOS, era Resolution Independent e Objected oriented, daí o seu nome – RIO. Requeria uma placa TARGA ou VISTA ou, lembram? MATROX. Não tinha layers, ele tinha Objetos que vc podia escalar com qualidade.

Na prática ele nos libertou do tamanho da imagem, criava grafismos vetoriais que podiam ser escalados com antialiasing, degradées de múltiplas formas, um dithering decente e muitas outras ferramentas. Com ele eu passei a poder pintar grandes imagens para usar como background, texturas mais elaboradas. Embora muitos artistas tenham feito ilustrações até para a impressão usando os primeiros RIO’s for DOS, eu o usava mais como uma ferramenta de apoio e para fazer cartelas como um Chyron. Eu gostava da qualidade dos ramps, dos caracteres, mas não gostava de usar ele. No final desa época ele ia de bundle com o Crystal Topas por 1.000,00 US$. Pouco usado, pouco amado, pouco lembrado, mas todos tinham que ter.

Depois ele evoluiu para versões com Windows e para PowerPC, Alpha, Intel e MIPS. Este mundo de computação já teve muito mais diversidade não é? Mas estas versões de Windows foram logo engolidas no mercado pelo… pelo Corel Draw!

E então, quem usou o RIO?

Abraços

Mário Barreto

Sobre o Autor

Mario Barreto administrator

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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