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PorMario Barreto Publicado 5 de março de 2025

Eita!!!

Eita!!! Por esta eu não esperava para agora, e levei um super susto ao ler em um post do Alceu Baptistao, que o Serginho não está mais entre nós.
Caramba, não sei qual foi a circunstância, se foi doença, qual doença, se era esperada ou não.
Eu, Alceu, Serginho e mais meia dúzia de brasileiros, não chega a esgotar os dedos das mãos, podemos dizer que somos os pioneiros no negócio de usar computadores para produzir imagens para publicidade e propaganda.
Lá no início dos anos de 1990, tocávamos nossos bravos sistemas Cubicomp Picture Maker para atendermos as agências de publicidade de todo o Brasil. Com muito sucesso, crescemos, nos desenvolvemos e a Vetor Zero está aí até hoje.
Minha cabeça é péssima e não lembro como eu conheci o Serginho. Conheci-o primeiro, ficamos amigos, visitamo-nos no Rio e em São Paulo. E teve um ano que até dividimos um quarto e carro em Las Vegas, por conta de uma NAB. Ficamos juntos no Bally’s e todos os dias fomos para o congresso. A foto acima é desta ocasião.
A outra foto foi em um dos primeiros festivais Anima Mundi, e vemos também na foto o Mario Nakamura (um moleque) e o agora filósofo Levi Luz.
São muitos anos né, e depois eu fiquei mais amigo do Alceu Baptistao e parei de ver, falar, conversar com o Serginho. Nada aconteceu mas simplesmente aconteceu. Quando eu ia na Vetor visitar eu falava com o Alceu, com o Alberto Lopes e muito raramente encontrava com ele.
Então é isso, partiu desta existência para uma melhor (com certeza) o meu (nosso) amigo, pioneiro da computação gráfica, produtor, empresário Sergio Salles. Que todos os familiares, amigos, conhecidos, funcionários aceitem com serenidade esta situação. A impermanência é uma certeza desta vida.
Minha batata está assando e eu já sentindo o calorzinho…
Amém.
PorMario Barreto Publicado 4 de março de 2025

Pressentimentos…

Saibam vocês que eu tenho pressentimentos. Minha cabeça não para de pensar um só segundo, explorando todas as possibilidades em todos os assuntos possíveis. E, eu tinha reparado que os emails diários da Janela estavam faltando. Imediatamente tive este pressentimento, e pensei na saúde do meu amigo Márcio Ehrlich. Será que ele está doente, pensei…
Fomos amigos por 35 anos. Ajudamo-nos inúmeras vezes. Ganhei alguns prêmios, produzi imagens para algumas festas do Colunistas, fui jurado, comentei artigos na Janela, indiquei profissionais, consertei computadores para ele, trocamos informações e a mais recente interação foi quando dei para ele um tocador de fitas K-7 que era de mamãe, e ele estava precisando. Infelizmente não funcionou.
Márcio, sempre sorridente, trabalhou como um guerreiro em nosso mercado, que, para dizer o mínimo, é desafiador. Sempre fez o melhor que pode, as vezes contra tudo e contra todos. E obteve sucesso. Márcio venceu em condições adversas, conquistou relevância, ajudou muita gente, projetou muitos profissionais, alguns que até que nunca agradeceram o suficiente.
Desde que virei “semi-budista” eu não fico demasiadamente triste com a passagem dos amigos. Buda nos ensinou que é inútil lutar contra as verdades infalíveis da vida, e entre elas temos a velhice, as doenças e a morte. Desejar que seja diferente é inútil e só causa sofrimento.
Desejo então que a Renata Suter, seus filhos, seu irmão, que todos desejem que o Márcio esteja bem, já que ele partiu daqui para outro lugar, e que aproveitem este momento para celebrar o grande cara que foi durante 74 anos.
Para aliviar vou lembrar aqui um momento divertido de nossas vidas, que foi quando ele, em um Prêmio Colunistas anunciou a entrada de Jamelão e a Bateria de uma Escola de Samba: “E com vocês agora, o grande puxador Jamelão!!!”. Aí entra o Jamelão, olha para ele, pede silêncio e diz: “Puxador é puxador de fumo. Puxador é puxador de carro. Eu sou Cantor, e agora eu vou cantar!!”. KKKKKKKK, e o Márcio não perdeu o rebolado!!!
Que fiquemos todos em paz. Amém.
PorMario Barreto Publicado 16 de dezembro de 2024

Corta!!!

E o Mário Nakamura foi o primeiro a me dar a notícia do passamento do meu amigo Chico Abreia. Fiquei triste, é claro. Por mim, pela Ana, Francisca, pelo Caio, Manu, Luana.

Na imagem acima, de um dos vários trabalhos que fiz para ele, o bebê é a Francisca!

Em um mundo onde as relevâncias se perdem muito rapidamente, pessoas são esquecidas, não importando o quão importante elas foram, ou quantas incríveis realizações tenham concluído em sua vida.

Dando uma palestra dentro da TV Globo em 2019, onde das 30 pessoas presentes, todas trabalhando no Centro de Pós-Produção da própria Globo, 23 não sabiam quem é Hans Donner. Não é incrível?

Pois é, tirando a agora “velha-guarda”, ninguém deve saber quem foi Chico Abreia.

Saibam, Chico Abreia foi grande, foi importante, fez trabalhos incríveis, ajudou muita gente. Foi meu companheiro de trabalho na Artplan, foi meu cliente na Yes e na DM9. Durante anos foi meu amigo e cliente, dividimos um andar na Torre do Rio Sul e anos depois, dividi um endereço com o seu filho Caio Abreia. RTVC, Diretor de Criação, Vice-Presidente de Criação, Empresário, Diretor de Filmes premiado.

Graças ao Chico eu conheci a Ana Tancredo, uma querida, conheci o Leo Sérvolo, um querido, conheci o Caio e sua querida família.

Nossa transitoriedade nesta terra não é uma surpresa para ninguém, na verdade, é uma certeza da vida, e é inútil lutar contra isso. Porém, eu acredito em uma outra vida, e lá, talvez eu reencontre meu amigo. Quem sabe? Amém.

 

PorMario Barreto Publicado 27 de novembro de 2024

Vinheta Nestlé na F1 1989!!!

Caramba! Eu tinha esquecido deste trabalho. Hoje o meu amigo André Vechina me mandou este vídeo, em surpreendente estado de conservação, onde tem a vinheta da Nestlé, que fiz com o Script, sistema proprietário da TV Globo, em 1989.

Deu um trabalho danado fazer o carrinho de F1 com as ferramentas de modelagem que tínhamos disponíveis na época. Escolhemos usar uma ferramenta chamada de Cross-Section, onde você podia unir seções diferentes ao longo de uma linha, para formar um sólido. O José Dias comprou um carro de F1 em escala e usamos a carroceria para tirar o molde em borracha da carroceria. Aí fatiamos esta peça de borracha, que foi depois desenhada em papel milimetrado para finalmente fazer a entrada dos pontos no computador. Prendíamos este papel milimetrado no digitalizador com durex e íamos capturando os pontos com um “puck”.

A grande dificuldade foi que a ferramenta era muito rudimentar, e, para funcionar, todas as seções que seriam ligadas, tinham que ter o mesmo número de pontos, o que foi uma imensa dificuldade quando nos aproximamos do bico do carro, não tinha espaço para tanto ponto! Tive que usar pontos na matemática, porque no olho não dava mais.

Fica aí o importante registro, pois não fiz muitas animações no Script.

 

PorMario Barreto Publicado 24 de novembro de 2024

Tudo .IA

O momento atual me lembra quando os carros começaram a trocar o carburador pela injeção eletrônica. Todo carro injetado, tinha o .i no final do nome do modelo. Monza I, Fusca I, Kombi I, Lambretta I…. tinha que ter o I no final, para deixar claro que o carro contava com a última tecnologia, a injeção.

Na verdade, um sistema de injeção é mais simples e mais barato de produzir do que um bom carburador. E existiam sistemas de injeção desde o final dos anos de 1930. De fato, Herbert Akroyd Stuart fez um motor com injeção funcionar em 1891, ou seja, não era nenhuma novidade. A diferença é que finalmente tornou-se possível fabricar e montar nos carros de qualquer preço, um sistema simples, robusto e, principalmente, barato.

Esta é a verdade, mas quem liga para isso? O que importa, sempre, é a percepção. Sendo assim, para serem percebidos como modernos, tinham que ter o I no final do nome. Hoje não tem mais, não é mais um diferencial. Todos os carros são injetados, então não existe mais a necessidade de ficar repetindo isso.

O mesmo ocorrerá com a IA.

Desde o início da computação, a busca sempre foi esta, a do computador sabe tudo. Em 2001 uma Odisséia no Espaço, co-escrito por Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke, o HAL 9000, computador de bordo, já demonstrava tudo o que hoje se chama, como se fosse novidade, de IA. É um filme de 1968, ou seja, tem mais de meio século (56 anos). É uma idéia, um conceito, velhos, conhecidos, previstos, não tem nada de novidade.

E porque demorou tanto para aparecer? Porque faltava potência barata aos computadores. Potência de cálculo, potência de comunicação, de transmissão de dados. Hoje, temos esta velocidade em tudo. Pouca gente sabe, mas quando você faz uma consulta para a Siri, este processamento não é realizado no iPhone… Ela é enviada para os computadores no centro de computação da Apple na Carolina do Norte, lá ela é processada, lá a resposta é calculada e devolvida ao seu aparelho. Tudo isso hoje em dia em uma fração de segundo, capaz de tornar a comunicação viável. O nosso cérebro tem um tempo de processamento, e quando a resposta, seja ela visual, sonora, dentro de um tempo mínimo (quem trabalha com UX sabe que tempo é este), a comunicação fica engajada. Neste tempo mínimo de tempo, dá tempo para fazer tudo isso, nosso cérebro, eletrônicamente falando, é lento para o clocks e potências de cálculo e transmissão de dados de hoje em dia.

Dito isto, ABSOLUTAMENTE TUDO que se faz hoje em dia com um computador e smartphone, é ou será em breve, realizado com a utilização de programas que usam esta velocidade de consulta e interação de dados que estão todos aí chamando de IA. Bobamente, como estavam os motoristas de anos atrás, foram bombardeados com os carros .I que não existem mais, agora são os .E de elétricos. E os programas gritando que usam IA.

Grandes coisa, daqui para frente tudo é IA. Muito em breve, isso vai sumir das manchetes.

O mundo tem que parar de ficar repetindo esta bobagem e já imediatamente usar estas capacidades dos computadores, que chegou para ficar e evoluir, e fazer um mundo melhor, mais bem escrito, mais bem projetado, mais bem desenhado, melhor em tudo. Este é o grande avanço que o mundo ganhou.